"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado. "
(Shakespeare, Sonhos de Uma Noite de Verão)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Uma reflexão sobre o ditado em sala de aula

"A afatipa velo pode vê.
Maria linfou o jamoso peixaral.
Zambão sarrega o japeguinho.
O circuxento ortecujou a gimália."
Você deve estar estranhando as palavras acima. Elas até parecem uma língua inventada, mas não é nada disso não. No encontro de hoje, essas palavras nos foram ditadas para que escrevêssemos da maneira como ouvíssemos.
Após o ditado comparamos as formas com que cada professora escreveu as frases (se é que podemos chamar isso de frase). As palavras que apresentaram diferenças nas formas escritas foram aquelas em que o som não deixava claro qual letra devíamos usar, pois não existem regras para essas palavras desconhecidas. Exemplos: circuxento/ circuchento/ sircuxento.
Ao transferirmos essas reflexões para a realidade de nossos alunos, podemos concluir que, atividades como essa em sala de aula podem descaracterizar o ensino da língua.
Durante um ditado, muitos problemas podem impedir que o aluno compreenda exatamente o que o professor quis dizer como: ruídos; pronúncia diferente da forma como se escreve uma palavra, como o som do "e" na escrita aparece como "i" na fala; e ainda o fato de ditar palavras que o aluno não costuma usar e totalmente fora do contexto.
A melhor forma de fazê-lo aprender a ortografia de algumas palavras é com a leitura constante e o uso de dicionário, pois vendo na prática como pode fazer uso de tais palavras terá mais capacidade de memorizá-las.
Além disso, devemos deixar claro a importância do uso do dicionário para esclarecer dúvidas, ao qual também recorremos mesmo sendo professores de português.

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