"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado. "
(Shakespeare, Sonhos de Uma Noite de Verão)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Continuação das discussões sobre Gêneros e tipos textuais


Maria Luiza Monteiro Sales Coroa no fascículo 2 diz que "sempre que nos manifestamos linguisticamente, o fazemos por meio de textos mesmo que esses textos sejam tão curtos e simples quanto uma palavra ou tão longos e complexos quanto um livro de seiscentas páginas".
A partir dessas afirmações concluímos que em nosso meio, produzimos textos o tempo todo, quer sejam de forma escrita ou oral. De acordo com a finalidade e a situação fazemos escolhas para organizar nossas idéias. Portanto, o gênero textual é escolhido de acordo com a situação de comunicação.
E fazemos essa escolha quando já desenvolvemos a capacidade de uso da linguagem, com base no conhecimento de mundo que vamos adquirindo, portanto os gêneros são construções históricas e culturais. Logicamente que se compararmos as cartas formais de décadas atrás com os e-mails que hoje fazemos uso, perceberemos a necessidade da criação de novos gêneros textuais.
Os estudos sobre gêneros e tipos textuais nos despertam para uma questão: quantas vezes reprimimos nosso aluno dizendo que errou em uma produção textual, que não poderia escrever daquele jeito...e outros comentários que podem podar o aluno nas próximas atividades escritas.
O que me fez enxergar esse erro foram as propostas do fascículo 2 em Retratos de sala de aula. Confesso que antes de ler os três olhares de professor-pesquisador, consideraria as formas de escrever dos dois alunos como "equivocadas" e corrigiria os elementos coesivos, a maneira de escrever parecido com a fala e algo mais que parecia faltar nos textos. Quando Maria Luiza Monteiro Sales Coroa comenta que a escolha do gênero textual é coerente com a proposta de atividade "porque atende às finalidades sociocomunicativas", percebi que é preciso rever a forma de avaliarmos nossos alunos antes de fazê-los revisar um texto e corrigir possíveis erros. E antes de falar em escolha do gênero textual devemos saber que cada um tem um estilo na hora de produzir seu texto também, que corresponde "às marcas do usuário da língua".

Logicamente jamais esquecerei das lições desses dois últimos encontros: gêneros textuais são muito diversificados porque atendem à grande variedade de situações sociocomunicativas, já os tipos textuais são classificados em um número restrito e definidos por critérios linguísticos e formais, e como cada texto pode apresentar mais de um tipo textual, a classificação se dá pela predominância de cada tipo.

2 comentários:

Moraes *_* disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Moraes *_* disse...

bom,gostei muito deste texto pois fala da atualidade no mundo de hoje em dia.muitas pessoas não ligam para a formalidade de um texto ou de uma coversa.

lucas moraes,seu ex aluno do cef 08 6
série...
tchaul