"A afatipa velo pode vê.
Maria linfou o jamoso peixaral.
Zambão sarrega o japeguinho.
O circuxento ortecujou a gimália."
Você deve estar estranhando as palavras acima. Elas até parecem uma língua inventada, mas não é nada disso não. No encontro de hoje, essas palavras nos foram ditadas para que escrevêssemos da maneira como ouvíssemos.
Após o ditado comparamos as formas com que cada professora escreveu as frases (se é que podemos chamar isso de frase). As palavras que apresentaram diferenças nas formas escritas foram aquelas em que o som não deixava claro qual letra devíamos usar, pois não existem regras para essas palavras desconhecidas. Exemplos: circuxento/ circuchento/ sircuxento.
Ao transferirmos essas reflexões para a realidade de nossos alunos, podemos concluir que, atividades como essa em sala de aula podem descaracterizar o ensino da língua.
Durante um ditado, muitos problemas podem impedir que o aluno compreenda exatamente o que o professor quis dizer como: ruídos; pronúncia diferente da forma como se escreve uma palavra, como o som do "e" na escrita aparece como "i" na fala; e ainda o fato de ditar palavras que o aluno não costuma usar e totalmente fora do contexto.
A melhor forma de fazê-lo aprender a ortografia de algumas palavras é com a leitura constante e o uso de dicionário, pois vendo na prática como pode fazer uso de tais palavras terá mais capacidade de memorizá-las.
Além disso, devemos deixar claro a importância do uso do dicionário para esclarecer dúvidas, ao qual também recorremos mesmo sendo professores de português.
"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado. "
(Shakespeare, Sonhos de Uma Noite de Verão)
(Shakespeare, Sonhos de Uma Noite de Verão)
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